Para relatar o seu encontro com o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, as alunas Daniela Bento, Eduarda Fernandes, Raquel Carreiras e Tatiana Catarrinho, orientadas pela docente Raquel Gouveia, convidaram dois educadores do nosso Agrupamento, respetivamente, o sr. Diretor, professor Paulo Pires, e a Professora Bibliotecária, Ana Paula Pio, para estarem presentes na aula de História do 9º B, de 26 de Abril, mês da Liberdade, da Justiça e da Fraternidade.
Este momento de partilha, inseriu-se na invocação do nascimento de Oskar Schindler, 28 de abril de 1908, consagrado pelo Yad Vashem como um dos Justos entre as Nações, por ter salvo do Holocausto cerca de 1 100 mil judeus durante a 2ª guerra mundial (sobretudo do gueto de Cracóvia), bem como no âmbito da participação no concurso “Conta-me o Holocausto”, promovido pela Memoshoá – Associação Memória e Ensino do Holocausto, em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE).
Os alunos testemunharam os relatos emocionados dos “entrevistados” a questões como:
- A 27 de Janeiro assinala-se o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, invocação associada à libertação do campo de concentração e de extermínio Auschwitz-Birkenau. Ali morreram 1,1 milhões de judeus dos cerca de 6 milhões de vítimas do Holocausto.O que determinou a sua visita a este complexo de extermínio, declarado Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 1979?
- É preciso estar em Auschwitz – Birkenau para compreender o horror do Holocausto Nazi?
- Como Educador e Cidadão do Mundo do século XXI, e passados 72 anos da libertação da Europa do terror nazi, considera importante falar de Auschwitz – Birkenau? Porquê?
- O escritor italinao Primo Levi, sobrevivente de Auschwitz – Birkenau, falou de “Inverno” para se referir à dificuldade em encontrar palavras para dar significado ao que ali se passava.
Virtualmente, visitámos o complexo. Passando o portão com a frase “Arbeit Macht Frei”, o “trabalho liberta”, deparamo-nos com imagens assustadoras. Apocalípticas. O que recorda destas visões? Das cores? Dos sons? Dos cheiros?
- Todos os anos milhões de pessoas visitam museus e centros educativos dedicados à história do Holocausto. Emocionados, perguntam como foi possível acontecer, recusando o outra vez. Recusam entender o silêncio de ontem.
Não farão, contudo, parte do grupo do “Silêncio do Futuro” quando delegam exclusivamente nas instituições internacionais a resolução de crimes contra a Humanidade e a violação dos Direitos Humanos (guerra na Síria, cris ede Refugiados, novas formas de escravatura …)?
- O que aconselharia a quem visita Auschwitz – Birkenau pela primeira vez?
Agradecemos a disponibilidade, o contributo e a boa vontade com que partilharam as vossas memórias, consciencializando para que estas (as do Holocausto) nunca se apaguem.
«Quem salva uma vida salva toda a Humanidade!» (Inscrição do Talmude)
As alunas,
Daniela Bento, Eduarda Fernandes, Raquel Carreiras, Tatiana Catarrinho
A docente,
Raquel Gouveia
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